sexta-feira, 9 de maio de 2014

Guerra às drogas não resolve nada. É preciso um novo enfoque. Já

“É hora de acabar com a guerra às drogas”. A princípio pode parecer um absurdo, mas essa é a proposta da London School of Economy. O estudo foi feito com a participação de renomados especialistas e economistas por e sugere a um novo enfoque para o combate às drogas, que hoje se preocupa exclusivamente com a repressão. Duas novas e necessárias alternativas são sugeridas pelo estudo: 1 - realocar os recursos hoje destinados à guerra para políticas de saúde pública, de redução de danos provocados pelo uso de drogas e pelo tratamento de viciados. O estudo pede que os governos garantam completamente os recursos necessários ao plano de atendimento da demanda. O estudo mostra que a redução de danos é, por exemplo, distribuição de seringas para viciados para combater e evitar a contaminação pelo sangue de outros viciados que estejam doentes. 2) experimentar novas políticas e regulamentações monitoradas, o que pode determinar que políticas funcionam e quais não. O estudo mostra que políticas repressivas até aqui adotadas não foram capazes nem sequer de minimizar os danos, o que mostra a importância de buscar alternativas, especialmente se serão rigorosamente monitoradas para evitar que novas idéias sejam piores do que as velhas. O problema econômico também é focalizado e segundo o jornalista Clóvis Rossi, o megainvestidor George Soros, que defende as mudanças de enfoque na guerra às drogas calcula que a guerra custou, até agora, algo em torno de US$ 1 trilhão e conseguiu como se sabe péssimos resultados. Em artigo na “Folha” o jornalista Clóvis Rossi lembra que como escreve George Soros “a proibição das drogas criou um imenso mercado negro, avaliado em aproximadamente US$ 300 bilhões. Para Rossi “esse mercado negro é um gerador de violência, tanto por parte dos cartéis de drogas como de usuários comuns, o que tornou a segurança um dos fatores mais inquietantes da realidade, especialmente na América Latina. Trata-se, portanto, de uma guerra cara e cruenta. Sair dela não é nada fácil, mas é de crescente urgência”. A vida não pode continuar sendo uma droga. (Eli Halfoun)

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