quarta-feira, 21 de maio de 2014
Está na hora de aprender a receber nossos visitantes
O Rio sem dúvida a mais bela cidade do mundo poderia fazer do turismo a sua maior fonte de renda: turismo movimenta muito dinheiro, abre vagas de empregos e é um grande ensinamento para o povo que pode aprender muito com as várias culturas que passam a circular pela cidade circulam pela com seus visitantes. Seria assim se o Rio não estivesse jogando fora sua vocação turística: ainda não aprendemos a ser bons anfitriões para os que nos visitam. A cidade até que tenta, mas os comerciantes ligados ao turismo não ajudam muito.
Recente blitz do Procon mostrou como é enorme a falta de responsabilidade para receber turistas e não só os estrangeiros: mais de nove hotéis foram flagrados e certamente multados por principalmente absurdas deficiências de higiene, especialmente nas cozinhas que estocavam grandes quantidades de comidas vencidas e, portanto, proibidas para consumo. Comida estragada é veneno mortal, mas em nome do lucro fácil os hotéis parecem não dar a menor importância à saúde de seus hóspedes, o que é de uma irresponsabilidade criminosa, além de mostrar que o Rio através de seus comerciantes, não está nem aí com o que possa acontecer com os hóspedes.
Outro exemplo de ganância é a Copa do Mundo: a hotelaria de uma maneira geral cobrou diárias exorbitantes e o resultado é catastrófico: a ocupação de hotéis está muito abaixo da expectativa. Os hotéis não são os únicos que abusam: o comércio de uma maneira geral “viajou” nos preços e também está metendo a mão no bolso dos habitantes da cidade. A única maneira de reagir é não consumir nada em restaurantes, ambulantes e quiosques. Só esse tipo pacífico de boicote pode promover uma urgente e necessária queda de preços e ensinar aos gananciosos que como diz a sabedoria popular quem tudo quer tudo perde.
Talvez a Copa do Mundo finalmente nos ensine a lidar com nossa vocação turística que não é boa só para os que nos visitam e visitarão: pode significar também melhor qualidade de relacionamento e de vida para os ci8dsadão que aqui moram e que também precisam estar conscientes de que o Rio não pode ser a “Cidade Maravilhosa” apenas da boca para fora. (Eli Halfoun)
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