quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Um desfile de muitos campeões unidos em um só coração

O Rio continua insuperável no carnaval com o desfile das escolas de samba do grupo especial. Todos os estados se esforçam para fazer um carnaval divertido e criativo (as escolas de samba de São Paulo melhoram a cada ano, os blocos pernambucanos são a fantástica união de foliões anônimos, os trios elétricos baianos não se preocupam com a beleza de roupas e alegorias, mas apenas com baile coletivo que agita todas as ruas fazendo em malabarismos dançantes, mesmo que sejam apenas pulinhos sem sair do lugar. Mas o que o Brasil espera o ano inteiro com ansiedade, curiosidade e a certeza de ver um espetáculo grandioso em luxo e criatividade é o desfile especial do Rio. É uma espera que vale a pena: a cada ano as escolas se superam e que até os que acreditavam já ter visto tudo de melhor se surpreendem com a grandeza de um show cada vez maior em tudo, ainda mais agora que os carnavalescos contam com um apoio tecnológico que nem o mago do carnaval Joãozinho Trinta imaginou que viesse a se incorporar-se ao samba no pé, ao canto de um povo humilde e apaixonado que continua sendo a estrela mais importante do maior espetáculo do mundo. São reis, rainhas, príncipes, princesas e plebeus formando um único coro para contagiar de alegria e esperança de uma nação inteira. O mundo inteiro. Não é e a disputa pelo premio (dez, nota dez, como imortalizou Carlos Imperial)) que impulsiona o ritmo musical e criativo das escolas. É evidente que a competição tem seu mérito incentivador e que todos querem ser campeões. Na verdade o título de campeão parece ser fundamental, mas não é só ele que faz de todos verdadeiros e heróicos campeões. Ganhe quem ganhar o certo é que o esforço de todas as escolas, os sacrifícios enfrentados o ano inteiro e a alegrias de um desfile sempre mágico que toma conta da Avenida é um trabalho de campeões. Campeões da alegria. Campeões da superação. Campeões do carnaval. De todos os carnavais. Mesmo sem a faixa no peito, mas em dúvida eternamente atravessada com orgulho em cada coração de sambista. (Eli Halfoun)

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