segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Governo pode tentar tirar Marina Silva do caminho presidencial

Se vier mesmo a ser candidata à Presidência da República já em 2014 (possibilidade que passou a admitir publicamente depois do lançamento oficial da Rede de Sutentabilidade – o nome seria Rede EcoBrasil e a mudança foi sugerida dias antes) a ex-ministra Marina Silva terá muitos obstáculos pela frente. O primeiro será o de conseguir em todo o país as 500 mil assinaturas necessárias para que o STE (Superior Tribunal Eleitoral) reconheça o novo movimento político (Marina não quer nem ouvir falar em partido, palavra que considera desgastada). O segundo e maior será enfrentar uma possível reação do governo federal. Essa reação já estaria sendo discutida no governo e no PT e segundo analistas políticos de Brasília estaria ligada a uma recente pesquisa segundo a qual se a eleição fosse hoje Marina Silva poderia ser a única concorrente a conquistar votos suficientes para levar a Dilma Roussef, candidata a reeleição para um segundo turno, mas com grande possibilidade de vencer no primeiro turno com apertada diferença de votos. Sabe-se que analistas ligados ao governo acreditam que Eduardo Campos (ainda sem partido para uma possível candidatura) e Aécio Neves podem crescer, mas nenhum dos dois assusta Dilma. Por isso mesmo os analistas acreditam que o governo tentará tirar Marina Silva do caminho. Mesmo que Marina confirme sua candidatura terá outro obstáculo pela frente: como a Rede é nova e ainda pequena o horário de propaganda eleitoral será bastante reduzido e nesse caso a Rede teria de fazer alianças e fusões, o que de saída já lhe diminuiria a credibilidade. Sabe-se também que Marina Silva é contra acordos e como Dilma, quer que as coisas sejam feitas do jeito dela, ou seja, sem acordos ou conversas reservadas. O que em política é quase impossível. (Eli Halfoun)

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