sábado, 2 de junho de 2012
Flamengo e Ronaldinho meteram os pés pelas mãos e deu no que deu
Nunca na história do futebol existiu alívio tão intenso quanto o provocado pela saída de Ronaldinho do Flamengo, o que estava na cara que iria acontecer apesar de todos os desmentidos. Jamais um clube e uma torcida vibraram tanto por estarem se desfazendo de um craque. Mudou o roteiro: geralmente clube e torcida se entusiasmam quando o craque chega e não quando vai embora como agora, A mídia tem refletido o alívio da torcida em manchetes que vão desde “Já vai tarde” e “Até que enfim”. Ronaldinho sai “queimado” não só com o Flamengo, mas com o futebol mundial de uma maneira geral. Pelo menos no momento não será muito fácil receber proposta de nenhum grande clube. Qualquer dos chamados times de primeira pensará dez vezes antes de arriscar-se ter Ronaldinho em sua equipe mesmo porque durante sua passagem pelo Flamengo ele nunca mostrou que tinha vontade de jogar futebol, ou seja, o que de melhor sabe fazer vida. Pesa também o fato de ele ter recorrido à Justiça do Trabalho e patrão fica com ódio do empregado quando isso acontecesse. Nesse caso Ronaldinho não cometeu nenhum absurdo: buscou judicialmente os seus direitos, ou seja, receber os salários que o Flamengo não pagou. É direito constitucional de qualquer empregado brigar para receber o que é seu e salário é sagrado, Assim como é sagrado pagar o salário em dia: é do salário que o empregado vive. O contratado de qualquer empresa e para qualquer serviço tem obrigações a cumprir e o empregador deve ter mais do que obrigação o respeito de pagar em dia os seus compromissos trabalhistas. O salário é o mais importante.
Não foi porque Ronaldinho não vinha cumprindo com competência o seu trabalho que o Flamengo atrasou os pagamentos mensais. Na ânsia de fazer média com a torcida o Flamengo deu um passo maior do que as pernas, como se diz popularmente e tropeçou nas próprias pernas. Fazer mais do que se pode nunca dá certo para ninguém. (Eli Halfoun)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário