Educação com benefícios financeiros só para os bons professores

Cortar os bônus, ou seja, os benefícios dos professores das escolas que forem mal avaliadas pelas autoridades de educação, é a fórmula testada agora nos Estados Unidos na tentativa de melhorar o desempenho educacional. Acredita-se que assim será possível fazer os professores se empenharem mais e melhor no ensinamento aos alunos já que “gratificações extras acabam levando a uma acomodação e a falta de interesse”. Os primeiros testes não mostraram ainda se a fórmula será bem sucedida, mas há quem garanta que quando se mexe no bolso de qualquer tipo de profissional a tendência é que seu trabalho e desempenho melhorem. Sobre a nova forma americana de educar o jornalista Gilberto Dimenstein, que vive nos Estados Unidos, diz: “Sou dos que acham que um projeto educação sustentável tem de atrair talentos (isso significa melhores salários e treinamento continuado), precisa envolver a família e a comunidade, aumentar os espaços educativos na cidade, combinar várias políticas públicas em torno da escola (a começa pela saúde) e ensinar bons diretores. Um desses estímulos é pagar mais a quem se esforça mais. É um jeito de combater a mediocridade”. Se depender de pagar mais aos professores o Brasil continuará sendo medíocres em educação. (Eli Halfoun)