quinta-feira, 20 de junho de 2013
Protestos só são ouvidos quando não apelam para o vandalismo
Protestar pode e deve. Afinal é conversando que as pessoas se entendem. Por isso mesmo qualquer protesto feito com palavras será muito mais ouvido e respeitado. O que não pode é partir para um vandalismo selvagem depredando bens que são importantes para as cidades que querem sempre melhorar. Não pode também usar a prática-bandida de saquear (roubar) lojas. Roubar o que quer que seja inclusive guloseimas, como se o movimento fosse uma festinha. Depredação e saque são coisas de bandidos e bandidos não podem estar agindo no meio do povo que grita em uníssono um “nós não aguentamos mais”. É preciso encontrar uma forma de repudiar os vândalos e afastar os saqueadores. Eles só tentam desqualificar um heróico movimento democrático sério que mostra o quanto a voz do povo precisa ser ouvida.
Muita coisa se tem dito sobre o movimento que para muitos ainda permanece confuso. Há quem acredite que a grita popular é contra a realização da Copa do Mundo e a construção de estádios. Ninguém é contra a que se construam bens para o país. O que revolta são os gastos astronômicos envolvidos nessas construções. Só são astronômicos porque estão superfaturados, ou seja, fazendo muita gente enriquecer e como sempre à custa do povo. O povo cansou de ser usado e está mostrando que sempre que isso acontecer estará unido para gritar contra a mediocridade, a roubalheira e a impunidade.
Não acredito que depois de toda a insatisfação manifestada nas ruas, qualquer eleitor tenha entusiasmo e vontade de votar na próxima eleição. Talvez fosse mesmo o caso de ninguém votar para mostrar que não queremos mais esses políticos no poder para nos atrapalhar e prejudicar. O que fazem cada vez mais e pelo visto com e cruel alegria. (Eli Halfoun)
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