sábado, 15 de junho de 2013
CONTO --------------- Noivinha apertada
O ônibus estava lotado quando Carmem embarcou rumo ao trabalho na periferia de São Paulo, onde morava. Ficou de pé, apertada entre os outros passageiros, ao lado do penúltimo banco no qual Marcos estava sentado lendo um desses jornais policiais. A beleza de Carmem, uma mulata sorridente, dentes brancos como a neve, e que deixava imaginar um belo corpo debaixo daquele uniforme azul e branco, típico das recepcionistas. Marcos ficou deslumbrado, não conseguiu disfarçar e sorriu para Carmem que retribuiu o sorriso, também encantada com Marcos. Parecia uma atração mágica que fez os olhares se fixarem. Marcos ofereceu seu lugar e durante todo o trajeto de mais de uma hora ficaram conversando sobre o tempo, as dificuldades do trânsito e outras besteiras. De vez em quando Marcos encostava, às vezes sem querer, no braço moreno de Carmem que apenas sorria ao sentir o pau de Marcos querendo endurecer. Saltaram juntos quase uma hora depois, na movimentada Avenida São João, onde, por coincidência, os dois trabalhavam (ele como vendedor de uma loja de artigos baratos e ela como recepcionista de uma agência de turismo). Marcaram encontro para a mesma noite. Antes da hora combinada lá estava Marcos ansioso, fumando um cigarro atrás do outro. Carmem enfim chegou: beijaram-se levemente e decidiram sentar no primeiro bar que encontrassem. Loucos de tesão ( tinha sido, já no ônibus, uma atração irresistível) estavam, minutos depois, num hotel barato ali na Avenida São João mesmo. Nem se importaram com o desconforto: beijaram-se apaixonadamente como se já se conhecessem há anos e transaram loucamente. Só depois da primeira e violenta descobriram novos carinhos: foi Carmem quem começou a beijar os peitos de Marcos mordendo de leve os mamilos para, em seguida, passar a língua pela barriga, a virilha e lamber o resto com prazer e delicadeza. Marcos contorcia-se de prazer e também fez questão de lamber o corpo inteirinho de Carmem: passou a língua por suas arrepiadas costas, beijou a sua bunda, enfiou a língua quente e áspera no reguinho de Carmem, virou-a de frente e chupou com agilidade. Carmem gozou, mas não parou: fez com que Marcos se deitasse, subiu por cima dele e cavalgou perguntando “é assim quer você gosta?”. O farto gozo de Marcos foi a melhor resposta. Satisfeitos e aliviados foram no mesmo ônibus para casa e começou então um namoro apaixonado com encontros diários e também trepadas num hotel barato (o único que podiam pagar), atrás do muro da casa na qual ela morava, enfim, em qualquer lugar que não houvesse ninguém para atrapalhar. Faziam eternas juras de amor ao mesmo tempo em que planejavam casar. Três meses depois de um namoro feliz, ficaram noivos. Um churrasco no quintal da humilde casa de Carmem comemorou o noivado. Agora noivo oficial Marcos, agora noivo dormiu na casa da noiva. Mas só pela manhã bem cedinho é que tiveram forças para dar a primeira transa que chamaram de oficial. Gozaram juntos e, outra vez, maravilhosamente com a preocupação de não fazer muito barulho. Quando chegaram na sala para o café da manhã as piadinhas foram inevitáveis e as perguntas também: “afinal, quando é que vocês vão marcar o casamento?” perguntava a gorda tia de Carmem, que apenas sorria como resposta. Embora tivessem tido, durante todo o apaixonado namoro e trepadas maravilhosas, o noivado acabou criando mais intimidade entre Marcos e Carmem e foi num fim de semana quer foram passar na casa de um primo no interior que tomando banho de rio, Marcos agarrou Carmem pelas costas e confessou: “sou louco para comer essa bunda. Eu nunca disse antes porque achei que você podia ficar puta.”. “Se você quer tanto assim eu dou, faço tudo para não te perder”. Marcos vibrou com a resposta, encostou Carmem numa pedra na beira do rio, perto de uma árvore, e sem perder tempo cravou seu imenso na bunda daquela que poderia, agora sim, comer pelo resto da vida. Carmem gritou de dor, pediu para Marcos tirar um pouquinho, mas ele, morrendo de tesão, enfiou mais ainda até gozar, também aos gritos. O noivado ia cada vez mais feliz mas Marcos fazia sempre questão de repetir que “admito tudo, menos ser traído”. “Não gosto - dizia com raiva - nem de pensar nessa idéia”. Acabaram marcando o casamento. Faltava apenas um mês para a cerimonia quando o trânsito de São Paulo enlouqueceu, fazendo o com que Marcos e Carmem fossem trabalhar em horários diferentes. Levavam quase três horas para chegar da periferia até a Avenida São João, onde ainda trabalhavam. Foi numa dessas manhãs de sufoco no trânsito que Marcos viu Carmem saindo de um hotel daqueles baratos, da Avenida São João. Sentiu-se o maior corno do mundo e depois de criar a maior confusão, ali mesmo na rua, terminou o noivado jogando a aliança na cara de Carmem. Só agora, meses depois, Marcos descobriu que ela só tinha entrado no hotel para ir ao banheiro: depois de passar quase três horas dentro do apertado ônibus, Carmem não aguentava mais a vontade de fazer xixi e a solução e foi pedir para usar o banheiro de um hotel. Marcos não acreditou e foi o fim de tudo. Arrependido Marcos já fez de tudo para reconquistar Carmem, mas ela não quer mesmo mais saber dele que agora vive bêbado e como um cachorro mijando pelos postes.Ele não perdoaria traição, ela não perdoou a desconfiança (Eli Halfoun)
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