sábado, 8 de março de 2014
Um Big Brother gigante controla e aprisiona nossas vidas
A modernidade está nos cobrando um preço alto: estamos vivendo um grande big brother e, o que é pior, uma fiscalização que nos limita os movimentos, as opiniões, enfim estamos prisioneiros de um grande júri virtual que se julga capaz de criticar todo mundo, julgar e condenar sem chance de defesa e sem apelação. A modernidade determinada prelos cada vez maus sofisticados equipamentos e espaços virtuais nos impõe uma autocensura maluca, dolorida e descabida. Não se pode mais fazer e dizer o que se deseja impunemente. O foco dos “juízes” virtuais está na mira de cada um de nós, vítimas também das intrometidas máquinas fotográficas de celulares que nos vigiam e cerceiam os movimentos e na maioria das vezes nos impedem de livremente. Agora precisamos ter o máximo de cuidado e com todos: o mais recente exemplo foi dado quando os “juízes escondidos anãs mídias sociais decidiram julgar e condenar Vera Fischer, mesmo sem saber exatamente o que de verdade aconteceu com a atriz. Não foi (é) a primeira que esse cruel tipo de julgamento ganha força e atinge o réu diretamente no coração. Foi assim com Carolina Dickman, com Betty Faria, entre muitos outros exemplos. O terrível é que não é mais permitido viver livremente: qualquer espirro mais alto pode nos condenar nas mídias sociais: estamos deixando de ser o que realmente somos para sermos o que os outros querem. Convenhamos que isso não é o que se pode chamar exatamente de liberdade. (Eli Halfoun)
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