quarta-feira, 12 de março de 2014
Boni quer um novo e moderno método de julgamento para as escolas de samba
Homenageado pela Beija Flor com um bom desfile José Bonifácio de Oliveira, o Boni, ficou insatisfeito com a colocação da escola e está reclamando embora diga que “não é choro de perdedor”. Em entrevista parta a coluna “Gente Boa” de O Globo Boni diz que o resultado foi uma “armação política” (é provável, mas é difícil de provar) para prejudicar a Beija Flor. Ele levanta uma questão antiga que precisa ser discutida com urgência: acha que o modo como é realizado o julgamento do desfile das escolas está ultrapassado e dá ao júri formado por poucos convidados um poder exagerado. Boni, que durante anos foi o comandante maior das transmissões carnavalescas da TV Globo, acredita que é preciso dar uma maior abrangência ao julgamento incluindo o voto popular através da internet.
O julgamento do desfile das escolas de samba tem sido criticado desde que os desfiles se transformaram na atração maior do carnaval brasileiro, mas nunca se fez absolutamente nada para pelo menos discutir o atual método e critérios, ou seja, basta uma nota baixa dada com má intenção para derrubar uma escola. Também é preciso levar em conta, como alerta Boni, o fato do júri julgar apenas o que é mostrado em frente a cabine em que os jurados se encontram e, portanto, a escola pode vir mal em todo o trajeto e apresentar-se bem diante dos jurados, o que melhora a nota e prejudica as escolas que fizeram um bom desfile durante os 80 minutos que lhe são permitidos para mostrar um trabalho que exige um ano de esforço, dinheiro e muitos, mas muitos mesmo, sacrifícios.
Mais do que achar que o alerta de Boni é apenas o choro de um perdedor é preciso com urgência encontrar uma nova forma de realizar o julgamento. Jamais será uma fórmula perfeita: as injustiças continuarão sendo cometidas, a choradeira sempre terá vez, mas com um novo método existe a esperança de que o trabalho das escolas será julgado com menos imperfeições por parte dos jurados. Às vezes “jurados” até de morte. (Eli Halfoun)
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