segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Novela ensina que não se deve comprar o que não se pode pagar

Em recente capítulo de “Salve Jorge” a novela colocou em discussão um dos problemas que o brasileiro enfrenta no momento: a dificuldade para pagar as muitas prestações que assume para ter em casa o quer há de mais moderno em tecnologia e eletrodomésticos. Na cena a personagem Morena (Nanda Costa) diz para a delegada Heloisa (Giovana Antonelli) que o salário que a mãe ganha como faxineira doméstica é inteiramente usado para pagar as prestações de aparelho de televisão LED, aparelhagem de som em altíssima fidelidade e muitos outros produtos. O salário é consumido em prestações mensais e mal sobra (quando sobra) dinheiro para a alimentação. É um problema comum a quase todos os assalariados brasileiros que ganham mal e sempre gastam mais do que ganham e, portanto, do que podem. A facilidade de crédito longo em aparentes suaves prestações tem feito o povão endividar-se além da conta e o que é pior sem perceber que em suaves prestações acaba pagando mais, muito mais, do que o produto adquirido realmente vale. Todo cidadão tem o direito de possuir o que há de melhor e mais moderno para o seu conforto e lazer, mas não pode exagerar e comprar tudo junto porque de suave em suave prestação acaba acumulando um gasto mensal incompatível com o salário miserável que geralmente ganha. A culpa desse endividamento não é como querem alguns das facilidades (juros baixos, isenção de IPI e outros supostos benefícios) não é do governo. O governo não obriga nenhum cidadão a comprar nada (só obriga a pagar uma exagerada quantidade de impostos) e nem facilita a vida do cidadão com a intenção de endividá-lo. Dívidas não pagas religiosamente em dia limitam a circulação de dinheiro e sem dinheiro é impossível fazer mais dinheiro e gerar mais e novas facilidades. A questão está nas mãos de quem não sabe utilizar as facilidades e sai comprando tudo por qualquer preço que é fantasiadamente baixo. Cabe a população policiar-se para não assumir dívidas que não poderá pagar. Todos merecem ter televisão e outros aparelhos modernos, mas o bom senso financeiro mostra que o ide é comprar uma coisa al de cada vez para que possa ter todas com tranqulidade. O seja: só comprar o som depois que tiver liquidado as prestações da nova televisão. É assim que investindo passo a passo os empresários enriquecem e depois fazem de tudo para nos empobrecer mais. Comprar é preciso, mas pensar antes de comprar é fundamental. (Eli Halfoun)

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