CRÔNICA ----- O ouro da vida

Durante saudáveis dias os olhos do mundo estiveram voltados para os Jogos Olímpicos de Londres. Mesmo quem não está “ligado” em qualquer atividade esportiva ficou curioso para acompanhar uma das muitas competições das Olimpíadas. Uma analogia entre os Jogos e a vida no leva à conclusão de que o jogo da vida é idêntico às disputas esportivas realizadas em Londres e que em 2016 se repetirão no Brasil. Além de unir os povos os Jogos Olímpicos nos mostram de saída, como acontece em qualquer competição, que é lenda a velha história de que “o importante é competir”. Competir é importante sim, mas é fundamental nos Jogos e na vida, competir para vencer. Só as vitórias nos empurram para frente, embora também seja necessário (e muito) aprender com as derrotas. Nos jogos da vida assim como nos esportivos estamos sempre buscando a medalha de ouro, mas precisamos entrar nessa competição que é viver muito bem preparados física e emocionalmente. Na vida como nos Jogos é preciso aprender a saltar barreiras, a pular cada vez mais distante e mais alto, a nos defendermos (como no judô) dos golpes para que nos mantenhamos de pé. E se cairmos encontrarmos disposição e coragem para levantar e continuar lutando. Sempre de pé. Só assim é possível alcançar a vitória maior que a vida nos oferece. É fundamental nunca nos deixarmos vencer por nenhuma queda e nenhum problema. Nas águas da vida também precisamos nadar com disposição e muitas vezes contra uma maré ruim e desanimadora. É sempre preciso dar braçadas seguras para chegar até a borda e voltar nadando mais velozmente em busca da melhor colocação que possamos atingir e conquistar. Como nos Jogos a vida também tem as competições coletivas em que a união e a certeira troca de passes é fundamental até que se possa marcar o gol da vitória como no futebol, ou a cesta certeira basquete e o saque especial no vôlei. A vida não é uma competição solitária e para vencer os obstáculos é preciso ter e desenvolver cada vez mais o solidário espírito esportivo. Só juntos e com muita disposição podemos vencer todas as partidas que a vida nos faz jogar diariamente. Para que a vitória da solidariedade aconteça é preciso treinar diariamente. Treinar com a certeza de que queremos realmente a vitória, o que significa treinar com amor e não por uma imposta obrigação. Talvez nem com muito treino consigamos alcançar vitórias em todas as competições da vida. Mesmo que a medalha não seja sempre a de ouro estaremos preparados para continuar competindo para que um dia sejamos os vencedores, se bem que na maioria das vezes só o fato de competir (e competir com grandeza) já nos faz vitoriosos. Só com esforço, treino, disposição e amor na prática da vida é que poderemos ser sempre os premiados atletas da vida. Só com esse tipo de consciência estaremos sempre no pódio para receber a medalha maior: a medalha da vida. (Eli Halfoun