domingo, 19 de agosto de 2012

Credibilidade no país é a maior esperança para nossas crianças e adultos

Mesmo quem costuma condenar (até para ser do contra) tudo o que a TV Globo faz não pode deixar de reconhecer (é uma questão de justiça) a importância do “Criança Esperança” não só como espetáculo, mas principalmente por conseguir captar milhões de doações de um povo que tem todos os motivos do mundo para ser extremamente desconfiado de tudo o que envolve dinheiro e, portanto, doações. A maior lição que o “Criança Esperança” nos da é a da solidariedade: quase todos os brasileiros se mobilizam para doar pelo menos o mínimo (esse ano sete reais) para que o total arrecadado (não é pouco) seja realmente investido (e nesse caso é) no futuro da nossa meninada. No nosso futuro. Como espetáculo também é quase obrigatório reconhecer que a cada ano a Globo faz um show maior e melhor cercado de emoção e tecnologia que sem dúvida encantam todas as platéias. Mesmo com todas as virtudes que coleciona o que mais chama a atenção no “Criança Esperança” é a necessidade de a todo o momento os apresentadores reafirmarem que o dinheiro doado é realmente encaminhado para quem de direito. Não se trata de exagero dos apresentadores, mas sim uma maneira de garantir ao desacreditado doador que seu dinheiro não será desviado, o que é prática comum no país por mais eu se tente mostrar que esse tipo de roubo está melhorando. Só se estiver melhorando para quem rouba. Não se pode negar também que de uma maneira ou de outra o “Criança Esperança” está conseguindo resgatar a credibilidade popular e a esperança de que tudo melhore e não só para nossas crianças. Esse é o maior legado que o “Criança Esperança” está deixando. Até porque para realmente ajudar o futuro das crianças é preciso em primeiro lugar fazer com que elas cresçam acreditando no futuro do país que felizmente está na mão ainda inocentes e limpas de nossas crianças. (Eli Halfoun)

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