sexta-feira, 31 de agosto de 2012
No futebol e na política o jogo só acaba com o apito final
Resultados de pesquisas não ganham eleição, embora exerçam sim uma forte influência no eleitor indeciso. Política é como futebol: o jogo só está realmente definido no apito final do juiz mesmo que ainda assim muitas manobras possam ser feitas no “tapetão". No futebol como na política nem sempre o favorito acaba sendo o vitorioso. Existe sempre a possibilidade de uma surpresa, ou seja, do time supostamente mais fraco, ganhar a partida. As recentes pesquisas mostram que Eduardo Paes lidera com folga no Rio (é muito difícil, mas não impossível, o atual prefeito não conquistar a reeleição) enquanto em São Paulo Celso Russomano é o líder com números que ninguém esperava. Podemos dizer que esses resultados são evidencias locais (do Rio e de São Paulo), mas mesmo assim representam muito no cenário político nacional. No Rio a subida de Marcelo Freixo, único candidato que pode levar Paes para um pouco provável segundo turno, reforça a presença do PSol no estado. Já em São Paulo a pesquisa reflete com clareza a rejeição a candidatura e ao jogo político de José Serra que se considerava uma barbada, mas começa a ver cada vez mais distante inclusive o sonho (pesadelo para muitos eleitores) de ser Presidente da República.
Não há dúvidas de que na medida em que a eleição ficar mais próxima os números das pesquisas sofrerão o inevitável efeito sobe - e- desce comum em períodos eleitorais. Como no futebol, a partida ainda não começou e só no apito final dos juízes-eleitores é que se conhecerá o digamos campeão. Que, nem sempre é exatamente o melhor (o favorito) em campo. (Eli Halfoun)
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