sábado, 5 de março de 2011

Saúde pela televisão pode ajudar menos do que pretende

“Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa” – o bordão que Paulo Cintura fez famoso na “Escolinha do Professor Raimundo” vale cada vez mais: agora uma das maiores preocupações do cidadão de qualquer classe social, é com a saúde, incluindo até com certo exagero a estética (corpo sarado, barriga tanquinho e outras exigências modernas). É a necessidade de saber o que fazer para manter uma boa qualidade de vida, ou seja, como manter o corpo em forma que tem determinado o aumento de espaço na mídia para informações, digamos, saudáveis Mas será que são realmente saudáveis ou na ânsia de ajudar ficam perigosas? O público é muito influenciável e na maioria das vezes interpreta erradamente os conselhos. O resultado pode ser a opção por práticas nada recomendáveis e muito menos saudáveis. A Globo estreou recentemente o bem feito programa “Bem-estar” que pretende justamente ganhar audiência em torno desse hoje grande interesse por orientações sobre saúde. O “Bem-estar” é um programa produzido com responsabilidade a partir das orientações de profissionais especializados, mas mesmo assim todo o cuidado do telespectador é pouco: interpretar as orientações erradamente pode piorar a situação. Além do mais qualquer atividade ligada à saúde precisa de um fundamental acompanhamento médico ou de profissional capacitado. Outro problema com a invasão de assuntos de saúde na mídia é criar uma espécie de paranóias no público que só por ouvir falar acaba sachando que é portador de doenças que não tem e nas muitas vezes falta de recursos se automedica perigosa e desnecessariamente. A saúde precisa de cuidados, mas assistir programas que falem em doenças e possíveis tratamentos exige um cuidado ainda maior
(Eli Halfoun)

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