terça-feira, 15 de março de 2011

Carnaval de rua: mais organização e menos gente

Vai entender: antes do carnaval o prefeito Eduardo Paes não cansou de declarar que um dos planos da prefeitura era revitalizar o carnaval de rua. Agora o Secretário municipal de Turismo diz em entrevista que a prefeitura pretende reduzir pela metade o número de foliões pelo menos na Zona Sul. De saída não será autorizada a criação de novos blocos e, pelo contrário, muitos dos que saíram esse ano sem autorização não mais desfilarão e ainda por cima serão penalizados por terem desfilado sem autorização. No meio desse desencontro de informações uma coisa é certa: o carnaval de rua do Rio está mais vivo do que nunca: dados oficiais informam que o público nos blocos foi de quase cinco milhões de pessoas (4.877.900), superando a estimativa de dois milhões de foliões. Na Zona Sul um recorde com 1.542.900 mil foliões, mais do que o dobro da estimativa (774.050) da prefeitura. A prefeitura não quer acabar com o carnaval de rua, mas sim organizar a folia para que cada bairro receba um número de foliões de acordo com sua capacidade, o que sem dúvida evitaria tumulto e desconforto permitindo ao folião maia liberdade e espaço para quem quiser seguir o bloco. Vale organizar a saída dos blocos, o que não vale de maneira nenhuma impedir que o público se divirta e. Como não existe venda antecipada de ingressos é impossível calcular antecipadamente o número de foliões em cada bloco. O carioca recuperou o gosto pelo carnaval de rua não só porque se sente mais seguro, mas também e principalmente porque na rua é de graça e pagar para freqüentar bailes de salão ou o sambódromo é que ficou pela hora da morte, como se diz popular e sabiamente. (Eli Halfoun)

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