sábado, 3 de agosto de 2013

"Boteco do Ratinho" resgata uma velha fórmula de mostrar sucessos musicais

Algumas das melhores canções da Música Popular Brasileira nasceram em mesas de botequins, especialmente na época em que compositores e intérpretes costumavam reunir-se em botecos para conversar, criar, formar parcerias e buscar inspiração. Botecos sempre foram uma espécie de estimulo para a criação musical e encontrar parcerias que ficaram famosas. Talvez seja exatamente esse formato boteco simples e aconchegante que determine o sucesso do “Boteco do Ratinho” apresentado nas noites de quarta-feira no SBT. É um musical sem maiores sofisticações e que mantém o aconchego dos velhos botecos hoje transformados em lanchonetes frias e sem sabor, inclusive nas comidas. O “Boteco do Ratinho não pretende ser um grande espetáculo musical, o que não o faz ser pior do que qualquer outro pomposo musical. Os artistas convidados sentem-se completamente livres para interpretar novos e velhos sucessos. Mesmo sem grandes recursos de arquivo o programa ainda tem a preocupação de devolver ao público intérpretes que fizeram sucesso e que mesmo assim quase sempre acabam engolidos pelo presente e esquecidos. No gostoso Boteco do Ratinho” desfilam músicas de todos os ritmos e o que é muito importante, as portas também se abrem pra artistas que estão apenas iniciando uma caminhada de sucesso. A fórmula botequim-musical sempre existiu na televisão, mas diante dessa nova exigência de produções luxuosas acabaram perdendo espaço - espaço que Ratinho está resgatando com a mesma simplicidade com que se impôs como um dos um dos apresentadores mais queridos da televisão. Ratinho e seu boteco se completam e são completados por um público também simples que quer apenas ver seus cantores e ouvir música. Sem que os sucessos de ontem e de hoje precisem estar necessariamente embrulhados em embalagens de luxo. (Eli Halfoun)

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