domingo, 18 de agosto de 2013
CONTO ---------- Sexo no balcão
Sair de casa uma hora antes do que de costume passou a ser uma espécie de religião para Gabriel desde que bateu os olhos pela primeira vez em Giulia numa nova lanchonete inaugurada a dois quarteirões do edifício em que morava num bairro de classe média alta. Solteirão convicto aos 32 anos de idade, com uma agenda lotada de amigas-amantes (dessas amigas com as quais sempre pinta uma boa trepada mesmo porque amiga só transa com amigo, nunca com inimigo), foi a primeira vez que Gabriel ficou fascinado, inteiramente vidrado, por uma mulher. Giulia encheu os olhos e o coração do resistente solteirão. Foi numa manhã de sexta-feira que Gabriel deu de cara com Giulia trabalhando no caixa da nova lanchonete. Quando foi pedir a ficha para o seu lanche ficou paralisado diante da beleza da moça. Cabelos castanhos compridos, olhos amendoados, um corpinho ainda em formação, mas já desenhando belas curvas, Giulia era mesmo encantadora. Naquele fim de semana Gabriel sonhou, mesmo acordado, com ela. Foi várias vezes até a lanchonete, mas nada de encontrá-la. Ficou sabendo que ela só iria trabalhar na segunda-feira. Que remédio: só restava esperar. Na segunda-feira pela manhã saiu de casa uma hora do que de costume ( hábito que se repetiu por várias semanas) e andou a pé até a lanchonete para tomar o lanchinho matinal ( uma esfiha e um mate) que poderia perfeitamente tomar no barzinho ao lado de sua casa, mas no barzinho não tinha Giulia para servi-lo, o que lhe aumentava o apetite, inclusive sexual. Foi pensando em Giulia (sabia desde o início seu nome graças a plaqueta acrílica que ela carregava como as outras funcionárias no uniforme) que naquele fim de semana Gabriel transou com Stefani, uma de suas amantes. Enquanto transava com Stefani, transa certa de todos os fins de semana, Gabriel pensava na bundinha perfeita de Giulia, nos peitinhos ainda em formação, mas já rosadinhos como duas pequenas maças . Das muitas vezes que já tinha transado com Stefani, uma loura de pouco mais de 30 anos, aquela tinha sido a melhor. Graças a Giulia, que nem sabia disso.
Enquanto caminhava, saudoso e ansioso, até a lanchonete, Gabriel não parava de pensar em Giulia: bonitinha e charmosa daquele jeito ela não poderia uma balconista, dessas que vem do subúrbio, como as outras moças que ali trabalhavam. Estava pálido e nervoso quando pediu a esfiha e o mate. Comeu devagarinho, quase mordendo a língua, com o olhar fixo nos movimentos de Giulia fazendo o caixa. Foi trabalhar pensando nela. No dia seguinte lá estava ele outra vez não exatamente para fazer o seu lanchinho matinal, mas sim para ver a sua amada, até então platônica. Platônica mas nem tanto, já que por diversas vezes ele tinha se masturbado, com um prazer mais do que adolescente, pensando nela. Durante um mês lá estava, todas as manhãs, Gabriel na lanchonete. No final do mês Giulia não estava lá e durante vários dias não apareceu, o que deixava Gabriel desanimado e desesperado. Morto de saudades. Mas o destino não lhe foi cruel : andava ele a caminho do banco quando, no meio da movimentada avenida, deu de cara com Giulia. Bem vestida a menina-mulher estava mais linda do que nunca e as roupas caras deixaram em Gabriel a certeza de que ela não era uma balconista qualquer. Tomou coragem, aproximou-se da moça, que estava acompanhada com uma amiga da mesma idade, e perguntou com a voz trêmula: “Lembra de mim?”. A resposta de Giulia foi um animador alívio: “Lembro sim, você lancha todos os dias na lanchonete do meu pai”. Só então Gabriel certificou-se da desconfiança que tinha desde o início: ela não era uma vendedorazinha qualquer. Era, por assim dizer, a dona de tudo. Conversaram por alguns minutos ali no meio da calçada mesmo, mas o tempo foi suficiente para que Gabriel, agora mais animado do que nunca, convidasse Giulia ( agora ele já sabia seu nome e sua idade: 18 anos) para um chopinho no final da tarde. Na hora marcada lá estava ela no barzinho e, entre um chope e outro, Gabriel foi sabendo mais de Giulia e ela dele. Conversaram durante horas, como se já se conhecessem há anos. Os encontros se repetiram mas foi só no terceiro que rolou, na despedida e ainda dentro do carro de Gabriel, o primeiro beijo, um beijo inesquecível, como Gabriel, apesar de toda a sua experiência, nunca tinha dado antes. No encontro seguinte, ou seja, no dia seguinte ( que ele não aguentava ficar um dia sem vê-la) Gabriel tratou de arranjar um jeito de levar Giulia até seu apartamento. Conseguiu emprestado com um amigo vários Cds de reggae, que ela adorava, e convidou-a para ir até a sua casa “ouvir música”.
Quando abriu a porta de seu pequeno, mas bem decorado apartamento, Gabriel tremia de tão nervoso. Ingênua, Giulia nada percebeu. Gabriel mostrou a casa, fez questão de mostrar detalhadamente o quarto, onde tinha deixado, estrategicamente, um abat-jour aceso. Mal colocou o primeiro disco, Giulia começou a dançar e vestida numa apetitosa minissaia deixava Gabriel suando com o seu malemolente rebolado. Giulia dançava sensualmente como se estivesse sozinha em seu quarto de solteira e nem percebia que Gabriel estava quase explodindo de tesão. Ele também começou, meio desajeitadamente, a dançar e o inevitável aconteceu: agarrou Giulia e deu-lhe um beijo de ganhar medalha olímpica de fôlego. As mãos de Gabriel começaram a percorrer o corpo macio e jovem de Giulia, que retribuía os carinhos com entusiasmo. Deixou que Gabriel chupasse aqueles peitinhos em flor, mas não tirou o sutiã meia taça. Gabriel mamou aqueles peitinhos com um guloso apetite e sacou que Giulia gostava mais, muito mais, quando ele mordia os peitos com força. A dor parecia dar mais prazer para Giulia, que mesmo assim resistiu quando, ali mesmo no chão da sala Gabriel quis entrarfiar naquela jovem e inexperiente grutinha. Com a saia levantada até a cintura Giulia deixou apenas que Gabriel esfregasse seu pau por cima da calcinha. “Faz assim que eu gosto mais” pedia Giulia e permitia: “Goza nas minhas coxinha, goza”. Por longos e deliciosos minutos Gabriel ainda tentou enfiar o pau naquela bucetinha mas acabou gozando nas coxinhas de Giulia que, mesmo sem ter sido penetrada, também gozou delirantemente. Um gozo virgem e delicioso. Quando, depois de mais uma hora de “descanso” no apartamento, Gabriel deixou Giulia em casa ouviu um elogios que não esperava. Na despedida, depois de um beijo na boca, Giulia elogiou: “Você é muitão, Gabriel”. Nessa noite Gabriel dormiu como um príncipe e novamente sonhou com Giulia.
Dois dias depois, num sábado pela manhã, Gabriel foi buscar Giulia em casa (a essa altura o namoro já estava oficializado) para irem a praia e no caminho fez a proposta: “vamos parar aqui nesse motel que eu tenho um presente para você experimentar”. No apartamento, Giulia curiosíssima, quis logo saber o que era e vibrou quando Gabriel estendeu-lhe um biquíni amarelo ouro feito de croché. Quando ela voltou do banheiro vestida no biquíni a imagem que Gabriel viu foi de uma deusa do sexo. Beijou-a carinhosamente no rosto e com os dentes foi mordendo o biquíni até conseguir ficar com apenas uma pontinha da linha na boca. E foi assim com a boca que começou a desfiar, linha por linha, a parte de cima do biquíni. Os peitinhos foram aparecendo aos poucos num strip-tease nunca visto. Quando a linha que cobria os biquinhos caiu despedaçada Gabriel delirou com os dois biquinhos durinhos pedindo para serem chupados e mordiscados, prazer que Gabriel não deixou escapar e enquanto sugava aqueles peitinhos Gabriel usava a mão direita para desfiar a parte de baixo do biquíni e viu aparecerem os ainda ralos pentelhos. Abaixou-se e beijou, pela primeira, a bucetinha que ainda não conhecia. Giulia estava fora de si e segurava o pau de Gabriel com prazer e fúria, encostando-o em sua buceta molhada de prazer e medo. O prazer foi maior e Gabriel enfiou, com carinho, o pau naquela bucetinha que parecia ter-se guardado para aquele momento. No lençol branco uma mancha de sangue anunciava que havia menos uma, talvez a última, virgem na praça.
Um ano depois Gabriel e Giulia estão casados e felizes, ainda curtindo, todas as noites, uma gostosa lua-de-mel. Gabriel largou seu emprego de corretor de seguros e é o gerente proprietário de outra lanchonete que o pai de Giulia abriu pertinho de onde moram para ajudar a filha e o genro. Todos os dias bem cedinho lá está Gabriel na lanchonete comandando as ações. Só fez e faz uma exigência: não quer Giulia na lanchonete em hipótese alguma. Ela está proibida de passar até na porta. Gabriel tem medo que a sua história se repita com outro freguês. (Eli Halfoun)
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