sábado, 8 de outubro de 2011

Só o telespectador tem o direito (e o poder) de tirar programas do ar

Existe alguém mais capacitado do que o telespectador para repudiar e até tirar do ar sem que isso seja uma absurda forma de censura programas que ofendam pessoas ou incentivem práticas não recomendáveis? Não existe: o público tem em mãos a mais poderosa digamos arma para livrar-se em segundos do que considera inconveniente. Basta usar o controle remoto e pronto, muda-se de canal e de programa sem que seja necessário sentir-se ofendido e exigir medidas restritivas que não combinam com a boa prática de democracia. A televisão é um prato cheio prato cheio para quem quer promover à custa dela até porque é a maneira mais fácil de ganhar a mídia. É a impressão em relação a Iriny Lopes, da Secretaria de Política para Mulheres: ultimamente e como se não houvesse assuntos mais importantes, ela vem a público protestar contra anúncios, quadros de programas e cenas de novelas consideradas ofensivas para as mulheres. Algumas coisas precisam e devem mesmo ser discutidas (quanto mais discussões melhor), mas exigir a retirada do ar de anúncios e programas é uma forma de exercer censura. Não me parece que censurar seja atribuição ide qualquer ministro, secretária, seja lá o quem for ligado ao governo Dilma Roussef. Tenho certeza a que a presidente é contra qualquer tipo de perseguição ou cesura, que já sentiu na pele.
É exagero muita achar que o público ainda é limitado para se deixar influenciar por cenas de programas: tanto homens quanto mulheres estão cada vez mais conscientes dos acontecimentos e da vida. A mulheres já exigem e merecem discussões que estejam acima dessas baboseiras. Cuidar e desenvolver política pra mulheres é mais do que a Secretaria da sra. Iriny Lopes anda achando que faz ao opinar sobre assuntos que não lhe dizem respeito. Respeito é tentar limitar a liberdade de expressão mesmo o assunto precisa ser discutido, desde que se faça isso sem imposições e com sabedoria. Bom senso é a única forma de chegar a uma decisão satisfatória para todos. (Eli Halfoun)

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