sábado, 8 de outubro de 2011

População acha justa, mas não apóia a greve dos bancários

Greve é sem dúvida a única maneira do trabalhador se manifestar e de conseguir atenção dos patrões para suas geralmente justas reivindicações. Portanto, nenhum trabalhador (somos todos) pode ser contra a greve, mas os movimentos coletivos precisam tomar cuidado para que as greves não saia pela culatra. A greve dos bancários, por exemplo, mostra aos patrões que o homem (no caso o bancário) pode ser substituído por máquinas, ou seja, caixas eletrônicos ou pela internet que realizam qualquer tipo de transação. Resultado: os patrões têm agora (é claro que não será imediatamente) mais um argumento de para demitir funcionários (nos últimos três anos ocorreram 40 mil demissões, especialmente por causa das fusões) e diminuir as folhas de pagamento, substituindo os caixas humanos por mais caixas eletrônicos. A greve dos bancários é sem dúvida justa, mas nem assim consegue a simpatia do povo, ou seja, do correntista que é quem sustentas os lucrativos bancos. Pesquisa realizada pelo Databank durante a greve revelou que a antipatia popular contra a greve dos bancários tem alguns pontos em destaque: 1)bancários são aqueles que empurram seguros e capitalização; 2) não explicam taxas; 3) fazem carreira à custa dos juros extorsivos. Não é bem assim: a verdade é que os banqueiros é que enriquecem com os juros extorsivos e mesmo assim pagam aos explorados bancários. Movimentos grevistas devem sim continuar, mas precisam ser repensados para que tenham solução imediata (os patrões tem de ajudar) e não afetem diretamente a população que, aliás, sempre paga o pato. Em tudo. (Eli Halfoun)

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