quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Viver não é uma droga. Morrer, sim
Não surpreende recente estudo da Fundação Getúlio Vargas revelando que está na chamada elite o maior consumo de drogas do País. Se partirmos do princípio básico de que consumir drogas de qualquer tipo significa ter dinheiro para adquiri-las é fácil imaginar por onde elas circulam com mais freqüência.
O estudo mostra que a maioria de usuários é de cor branca (85,1%), tem filhos (80, 46), é católica (88,3) e das classes A e B. Nas entrelinhas os números permitem uma leitura importante e que acaba com o mito de que o consumo de drogas é frequente nas comunidades carentes. Não é e não pode ser (é preciso dinheiro). Então, chega de continuar apontando os pobres como culpados de tudo.
O estudo revela ainda que 62.2% dos drogados declarados são da classe A, aqueles que têm boa escolaridade, melhores condições de vida, maior volume de informações. Não são corajosos como se consideram os jovens que assumem o uso de drogas. Não é preciso ser psicólogo (basta ser pai) para perceber que esses jovens estão sinalizando que querem ajuda – uma ajuda que não lhes é dada com atenção e programas públicos de tratamento. Apoio emocional é afeto em casa.
Não é novidade também a revelação de que o consumo de drogas (começa com o álcool) se inicia cada vez mais cedo. Em 2003 uma reportagem da revista Veja mostrava que o primeiro contato com o álcool começa aos 11 anos (antes era aos 14), sinalizando para um futuro bem ruim. Nada foi feito: as campanhas institucionais patrocinadas pelo governo não surtem efeito, o que deixa evidente a necessidade de outro tipo de ação para evitar que os jovens entrem nessa roubada.
Para os psicólogos a “sociedade estimula a dependência, reprime os gestos autônomos com muito rigor e faz com que as pessoas busquem conforto em algo de que dependem”. Entre os adolescentes - dizem os especialistas - a droga tem uma relação direta com a falta de perspectivas, com o tédio, com a dificuldade de lidar com a vida de forma responsável. É preciso promover ações coletivas que mostrem ao jovem que viver saudavelmente é sempre a melhor perspectiva. Falta de perspectiva é perseguir, por burrice e covardia, a morte através das drogas. Viver é difícil, mas não é uma droga.
BOM TRABALHO
Algumas discussões parecem não ter fim e uma delas é sem dúvida sobre religião: cada um reza para quem e do jeito que quiser e é essa escolha a que se deve respeitar. Nenhuma religião é completa e perfeita, o que faz o debate ainda mais polêmico, partindo muitas vezes para uma generalização perigosa. Não é de hoje, por exemplo, que as igrejas evangélicas merecem todo tipo de críticas e denúncias, mas nem todas são tão ruins e exploradoras de fiéis quanto se quer fazer crer. Algumas realizam excelentes trabalhos sociais como é (para citar um exemplo que acabo de conhecer de perto) o caso Evangélica Internacional que tem recuperado dezenas de jovens que estavam se acabando com e pela droga. É um trabalho perfeito e o que é melhor, realizado gratuitamente, embora tenha um elevado custo de manutenção. Tudo bem que a igreja está também em busca da conquista de novos fiéis, ma não importa. Importante mesmo é que muitas vidas estão sendo recuperadas. Além do mais nenhum paciente é, mesmo que sua cabeça esteja sendo feita para isso, a continuar na igreja depois da alta, mas para esses ex-dependestes ela, a religião (qualquer que seja), será sempre um fundamental apoio que muitas vezes a família, até por desgaste emocional, não consegue dar. Melhor ficar viciado e dependente da religião do que das drogas. Religião não mata. Drogas sim.
* E cada vez mais
VOLTA TRIUNFAL
É sempre tempo de recomeçar e conquistar. Gigi da Mangueira está fazendo isso: depois de um longo (e bota longo nisso) período de afastamento, ela decidiu retomar a carreira e estrelará um show em uma casa no centro do Rio. O espetáculo está sendo dirigido por Wilson Rezende que forma com ela, há anos, um casal admirável. Não sei ainda confesso muito sobre o show, mas sei antecipadamente que será perfeito. Gigi da Mangueira merece e conquistar seu espaço artístico.
* Afinal, talento não tem época e nem idade
CONVERSA FIADA
A Rede Record distribuiu há dias nota oficial informado que a Igreja Universal é apenas uma cliente da emissora e que paga (e paga caro) apenas para utilizar horários com programas religiosos. Até parece que alguém acredita ou acreditará nosso, até porque, convenhamos, essa briga é mais entre a Globo e a Record. E em televisão não há nada que de alguma forma não seja suspeito, principalmente quando se trata de dinheiro do
* Cada um passa a sua “sacolinha” do que jeito que achar mais conveniente. Todos (ou todas) passam
BELEZA INTEIRA
Vinícius de Moraes estava coberto de razão: beleza é sim fundamental e ajuda muito em qualquer situação, mas é apenas um cartão de visitas inicial porque se não houver talento e capacidade a beleza fica feia. Desde que estreou na televisão Ana Hickman tem mostrado uma beleza inteira: é fisicamente uma bela imagem à qual se une um incontestável talento como apresentadora que se consolida a cada domingo no comando do Tudo é Possível, na Record. Não era muito fácil substituir Eliana, mas Ana Hickman o faz muito bem.
* Tão bem que nem deixa o público sentir falta da antiga apresentadora
HUMOR DE QUALIDADE
Ao contrário do que muita gente acredita talento não é hereditário ew se assim fosse todos os filhos seriam profissionalmente a continuação dos pais. A influência familiar pode ser de fundamental importância na escolha de uma profissão, mas se houver talento próprio de nada adiantará. É o caso de Bruno Mazzeo que se impõe como um dos melhores e mais criativos humoristas da nova geração. Da prole de Chico Anysio é sem dúvida o que melhor absorveu a influência talentosa do pai, o nosso maior e mais respeitado humorista. Se não lhe herdou o talento, Bruno observou com atenção e pose perfeitamente vir a ser um novo e completo Chico Anysio.
* Bom para ele e melhor para nós
PIPOCA SEMPRE
Nem tudo o quer se anuncia é tão confiável,mas mesmo assim a cada dia a ciência nos surpreende com novas descobertas e novos estudos, alguns que não servem para nada. Agora mesmo, por exemplo, a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, divulga estudo afirmando que a pipoca ajuda a diminuir o risco de câncer e de doenças cardíacas porque contém “quantidades surpreendentes de antioxidantes”. Quer dizer aquela pipoquinha que a gente só consome noo cinema pode passar a fazer parte da refeição diária.
* Isso até um novo estudo anunciar que aumenta o colesterol. E a despesa
ANÔNIMO COMO?
Eu não entendi, mas vê se você entende (e me explica): o Ministério da Saúde quer diminuir a incidência de doenças sexuais e fará isso virtualmente, ou seja, disponibilizando espaço na internet para que se avise aos parceiros que procurem um médico, O Ministério diz que o alerta pode ser anônimo. Então como saber onde mora o perigo? Anônimo não é ninguém e pode ser todo mundo
* Anonimato é no mínimo apenas covardia

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