sábado, 7 de abril de 2012

CRÔNICA ---- Gaveta arrumada

Sempre que um feriadão como o de agora se coloca no caminho uma das coisas que pensamos é “vou aproveitar para arrumar as gavetas", jogar fora papéis amontoados durante meses e que já nem sabemos para o que servem ou serviram e muito menos porque os guardamos. Arrumar as gavetas jogando fora o que não serve mais pode ser um bom exercício de esperança, de recomeço e até de paciência.
Arrumar gavetas é muito chato. Portanto, arrume com calma (nada de querer livrar-se das coisas apressadamente): não saia jogando fora e sem conferir com atenção o que está indo para o lixo. Quem sabe no fundo da gaveta não reencontremos um sonho esquecido que pode ser perfeitamente retomado (sonhos nunca são demais e nem descartáveis). É também no fundo de uma gaveta que podemos estar guardando um velho amor que talvez ainda possa ser retomado e reencontrado (amor também nunca é demais). Antigos amores não valem só pela s lembranças de ex-namoradas ou de uma paixão enrustida e nunca declarada (todo mundo tem uma)
O amor deve ser arrancado do fundo da gaveta de seu coração porque será sempre o amor geral - aquele que pode levar a reencontrar um filho, um amigo, uma mãe ou um pai dos quais às vexes nos afastamos por pura implicância... e burrice.
A arrumação das gavetas, especialmente as do coração, também pode levar a várias reflexões e não permitir, por exemplo, que esqueçamos o amor. Todos os amores.
Arrumar gavetas é fundamental se estivermos conscientes de que é fundamental fazer uma arrumação emocional revendo posições e tomando novas iniciativas. Os velhos papéis jogados fora deixarão as gavetas vazias e prontas para receberem nova papelada…
Você é a gaveta principal que nunca pode ficar vazia de planos, de sonhos, de esperança, de amor e de sabedoria. Viver bem é isso. (Eli Halfoun)

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